terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dor no Joelho do ciclista/esportista

Cada esporte tem uma área de agressão a uma parte do corpo ou a uma articulação específica. Quem pratica tênis, tem problemas no ombro e no punho. O futebolista tem problemas na perna, joelho, pé, tornozelo, etc. A presença da dor nos membros inferiores é uma queixa comum entre os ciclistas. Tal sintoma pode ser decorrente de vários tipos de lesões, e levam a queda do rendimento no atleta de competição, e até no prazer em pedalar do esportista amador. Existem várias causas: umas dependendo da bicicleta (inadequação das dimensões da bicicleta ao corpo do atleta, as variações anatômicas de quem pedala em vários terrenos) e outras dependentes do próprio atleta como a intensidade, duração dos treinos e a forma do treinamento. O diagnóstico das lesões do joelho do ciclista/esportista é complexo já que existe uma grande quantidade de doenças com sintomas semelhantes, algumas das quais, graves. O diagnóstico adequado induz a um tratamento correto. A condromalacia da patela (esse nome é inadequado, pois condromalacia é o amolecimento da cartilagem, e está relacionado com uma outra série de doenças, que estão ligadas ao raquitismo, hipertireoidismo, osteoporose, etc.. Geralmente é uma designação usada pelos ortopedistas e Patela é o novo nome de designação do osso rótula, que é solto no joelho). A condromalácia da patela é uma lesão da cartilagem articular da patela que está mais solta no joelho, tem um líquido sinovial, para deslizar, sem atrito, mas, ocorre devido ao excesso das forças de pressão e cisalhamento (é uma espécie de atrito de força obliqua) entre a patela e a porção distal do fêmur, durante ou após esforços repetitivos de flexão do joelho, na hora de pedalar. A dor é atrás da rótula e não diretamente no joelho, essa é a diferença entre a artrose do joelho e a condromalácia da patela. A dor surge especialmente nas subidas ou durante longos percursos com pedaladas lentas. O músculo anterior da coxa (quadríceps) é que força mais a patela contra o fêmur na extensão da perna no momento da pedalada. Se a musculatura isquiotibial (posterior da coxa) é deficiente no sentido de não fazer um alongamento adequado a dor é mais intensa. A lesão do ligamento cruzado anterior, dentro do joelho, também produz sintomas semelhantes. N. Desnica Bakrac, fisioterapeuta, do Cybex Rehabilitation Center, da cidade de Zagreb, Croacia, estudou a dinâmica da força muscular em atletas comparando os dois problemas, como uma reabilitação isocinética realizada com a máquina Cybex. Estudou 44 atletas de várias modalidades (31homens, 13 mulheres, com idade variando de 16-35 anos), que foram divididos em 3 grupos: grupo A que tinham a ruptura lesão do ligamento cruzado anterior (LCA), não operado, grupo B, lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) operado e grupo C, com condromalácia da patela.

Fonte :: J Sports Med Phys Fitness. 2003 Mar;43(1):69-74

O Exercício Físico Pode Reduzir os Efeitos da TPM (Tensão Pré-Menstrual)?

Alguns estudos introdutórios descobriram que exercícios regulares podem minimizar algumas dores e também o estresse causado pela TPM durante uma ou até duas semanas antes do período menstrual.
Em um estudo, os pesquisadores da University of British Columbia em Vancouver, testaram 8 mulheres sedentárias durante um programa de corrida de mais ou menos 20 km por semana, durante 6 meses. No final do estudo, as corredoras notaram uma diminuição de dor nos seios,do inchaço geral e mau humor no período anterior ao período menstrual. Seis mulheres do programa que já eram ativas, mas que mantiveram seu nível de atividade física, e também foram usadas como parâmetro, não observaram mudanças dos sintomas no período menstrual.
Outro estudo descobriu, que mulheres que se exercitavam regularmente sentiam menos dores e depressão antes do período pré-menstrual, em relação as que não praticavam atividades fisicas no dia-a-dia.
Infelizmente, nenhum estudo focalizou nas razões dos benefícios causados pelo exercício, ou seja, de como os exercícios podem ajudar as mulheres que apresentam sintomas de TPM.
O TPM causa em algumas mulheres dores no corpo, dores de cabeça, cólicas, depressão e cansaço, dentre outros sintomas. E como o exercício pode contribuir para minimizar essas complicações?
O Exercício é um grande contribuinte para a cura do estresse. Ele faz com que o seu metabolismo seja aumentado e ainda acelera a circulação sanguínea. Quando mantemos nosso sangue em movimento é provocado um aumento do transporte de O2 e nutrientes essenciais para as células com maior eficiência, fazendo-nos sentir menos abatidos. Mas não devemos ir exagerando por aí!
Exercícios extremamente vigorosos (ex: fazer aula de step por 2 horas por dia) podem agravar os sintomas ao invés de aliviá-los. Atividades aeróbicas podem gerar substâncias químicas como as endorfinas que podem melhorar muito o mau humor causado no período TPM , provocando uma sensação de auto-controle e bem estar, que terá um efeito na diminuição da ansiedade, depressão, cólicas e autos e baixos no humor neste período, mensalmente.
Alguns estudiosos até pensam que a endorfina quando flui na corrente sanguínea pode estabilizar a glicose e cortar a fissura por doces.

Qual seria o melhor tipo de exercício então para o período da TPM?

Exercícios moderados do tipo: Caminhada, Trote, Ciclismo, Natação e Hidroginástica, por pelo menos 30 minutos, 5 vezes por semana, vão ser a melhor escolha nessa ocasião.
Uma pesquisa de 3 meses feita com 23 mulheres descobriu, que as que participaram em atividades aeróbicas tiveram melhores resultados na minimização dos sintomas pré-menstruais, particularmente a depressão, do que aquelas que fizeram trabalho de força em Musculação ou Localizada.
A Yoga também pode ajudar. Este tipo de exercício combina alongamentos lentos, técnicas de respiração e meditação, que minimizam a tensão muscular, focaliza a mente e diminui o mau humor tão característico das mulheres que sofrem de TPM , na atualidade.

Fonte:Consumer Health Interactive and Consensus Health Corporation, 1999

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Elas preferem ter um treinador

Um estudo realizado pelo Núcleo de Estudos em Esporte e Ortopedia comprovou que 51 % das mulheres preferem treinar com profissional especializado, enquanto apenas 33% dos homens têm a mesma preocupação.

O estudo foi feito com base nas respostas de 7.731 corredores, o que classifica a pesquisa como a maior, desse tipo, já realizada no Brasil. Talvez pelo fato de as mulheres procurarem orientação profissional em maior quantidade, se comparadas aos homens, o número de lesões sofridas por elas seja menor. A pesquisa revelou que 50% das mulheres já tiveram lesão e procuraram um médico. Já para os homens, o percentual é de 54%. O estudo descobriu também que a maioria das mulheres iniciou a prática regular de corrida há menos de dois anos, e que os treinos de 33% delas é de até 25 km por semana. Outro dado interessante é que 17% dos homens disseram já ter sentido dores na coluna por causa da corrida, contra 13% das mulheres; em compensação, 4% dos homens já tiveram tendinite no quadril, enquanto 10% das mulheres disseram já ter tido esse tipo de lesão.
Fonte:Revista O2 8/9/2009

Quer melhorar sua performance na corrida, não faça apenas exercícios de força, pratique também exercícios funcionais específicos e sinta a diferença.

Correr é algo acessível a todos, esse é um dos fatores que fez crescer estrondosamente o mundo da corrida no Brasil. Para correr não é necessário grandes investimentos, basta calçar um tênis e sair correndo. Se olharmos para as ruas, veremos grupos ou um único indivíduo correndo, seja com suporte de equipes ou mesmo por conta própria. Todos os finais de semana, há corridas de rua organizadas, com uma média de 6 mil participantes, dentre os quais muitos não querem apenas completar uma prova, querem também diminuir tempos, chegar na frente do amigo, correr mais rápido, enfim, melhorar o rendimento a cada corrida. Para isso não basta apenas correr, é preciso um acompanhamento de um profissional capacitado que organize seu treino com planilhas periodizadas. Mesmo assim, em um momento do treino, os corredores sentirão a falta de fortalecimento muscular específico para a corrida, ou seja, exercícios que favoreçam a melhora da capacidade de movimentação do corpo. Além do treinamento de força, é extremamente relevante os corredores conhecerem e praticarem a metodologia de exercícios chamada de Exercício Funcional (EF). São exercícios de equilíbrio, coordenação, agilidade, força, resistência, consciência de movimento e fortalecimento do “core” (centro do corpo). Já existem estudos que comprovam sua eficácia, portanto, muitos desses exercícios são praticados por atletas de elite como complemento do programa de treinamento. Mesmo que você não seja um atleta de elite, é necessário que faça um programa de exercícios funcionais para proteger o aparelho locomotor, prevenir lesões e fortalecer a musculatura envolvida, assim, melhorar o rendimento nas corridas.